quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Língua Portuguesa

Havia ou haviam?

Por Thaís Nicoleti
Sempre é bom lembrar que o verbo “haver”, quando empregado no sentido de “existir” ou de “ocorrer”, é impessoal. Isso quer dizer que deve ser conjugado apenas na terceira pessoa do singular, qualquer que seja o tempo (há, houve, havia, houvera, houver, houvesse etc.).

O mesmo vale para os auxiliares do verbo “haver” em construções do tipo “deve haver”, “pode haver”, “vai haver”, “há de haver” etc. No fragmento abaixo, o redator tratou como sujeito aquilo que é objeto direto:

No seu bolso, os policiais da Deatur encontraram outros dois relógios de luxo, da marca Rolex. Na casa dele, haviam outros 14 relógios.

Como nessa acepção não admite sujeito, o verbo “haver” deve permanecer no singular:

No seu bolso, os policiais da Deatur encontraram outros dois relógios de luxo, da marca Rolex. Na casa dele, havia outros 14 relógios.
O verbo “haver” pode admitir o sujeito, mas isso geralmente ocorre em situações formais (“Nunca houveram o que perderam”, “Não houvemos o resultado pretendido” etc.). Entre as menos formais (e mais frequentes) estão aquelas em que é empregado como auxiliar: “Eu hei de vencer”, “Eles haverão de entender isso em algum dia”, “Eles haviam chegado antes do anoitecer” etc.

FONTE: http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/havia-ou-haviam.jhtm

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Romance inesperado

TENTANDO DESESPERADAMENTE CRIAR...
 
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Procurava imensamente um lugar para descansar, não aquele descanso eterno, mas aquele que precisamos nos isolar temporariamente da vida cotidiana a que estamos acostumados. Precisava desesperadamente de um cantinho só pra ela, uma cantinho que pudesse guardar pra si todas as revelações que estavam borbulhando em seus pensamentos. Saiu em companhia de pessoas que ama, mas com o intuito de simplesmente conseguir por alguns momentos reservar-se do seu mundinho rotineiro. Conseguiu? Mais ou menos. Era quase impossível naquela tarde de primeiro dia do ano conseguir tamanha faceta... Mas tentou e por alguns breves momentos, muito breves mesmo, conseguiu parar e pensar... De repente uma voz... uma voz não parava de falar, eram assuntos banais, dos quais ela sequer mostrava interesse, mas fingia mostrar, não queria decepcionar pessoas amadas, muito menos pessoas com as quais mantinha uma afinidade extraordinariamente grande. Ela não conseguia parar de falar, eram assuntos dos mais variados possíveis, mas a predominância dos assuntos era sempre a mesma: família.