segunda-feira, 13 de abril de 2015




Incertezas da vida

Sinto-me como uma flor prestes a  brotar
sem se dar conta da profundeza da vida.

Sinto-me como um pássaro em busca do controle de suas asas
nas primeiras tentativas à procura da liberdade.

Sinto-me como a aurora que ainda não sabe como sair,
pois não tem a certeza de que vai ser contemplada.

Sinto-me como uma borboleta saindo pela primeira vez de seu casulo,
pensando ela que já está preparada para enfrentar a vida.

Sinto-me como um criança que não descobriu ainda as mazelas da vida adulta.

Como uma brisa que toca levemente a pele humana,
achando que encontrará nela o prazer da suavidade.

Sinto-me como uma inocente formiga que vai em busca de comida,
sem se dar conta dos perigos do caminho.

Sinto-me como um livro acabado de ser lançado,
ansioso por ser lido e contemplado em sua essência.

Embora não seja mais assim tão jovem, tão inocente,
ainda sinto-me, também, como uma noite perdida,
que não sabe sequer o que oferecer ao mundo o que tem de melhor.

Embora apresente os traços físicos da velhice,
sinto-me perdida diante de alguns novos desafios,
que insistem em tirar de mim o amadurecimento da vida.

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